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Tribuna Livre Goiás
POLÍTICA · 26/09/2019

3º Simpósio 'A importância da mulher na construção de um parlamento democrático' ocorrerá no interior goiano

Segunda edição do evento ocorreu nesta quinta-feira (26/9), em Goiânia, e reuniu mulheres das mais diversas áreas para debater a desigualdade de gênero no âmbito parlamentar


MAYSA ALVES

Por Maysa Alves

Nas últimas décadas, o papel das mulheres no parlamento brasileiro cresceu em número e importância, esse é um fato muito importante para a consolidação da democracia paritária, segundo o Estadão. E o 2º Simpósio 'A importância da mulher na construção de um parlamento democrático' traz essas questões em debate. Com base em dados do IBGE e Câmara dos Deputados, percebe a desvantagem nítida em relação ao comparativo de porcentagem de número populacional e representativo na Casa. Deputadas federais eleitas foram 52 enquanto os homens 459.

O evento aconteceu no Centro Cultural Oscar Niemeyer, nesta quinta-feira, 26 de setembro,e reuniu 13 mulheres na mesa debatendo a representação feminina. Para Ana Rita, presidente do Conselho Estadual da mulher, o simpósio permitiu falar sobre o direto da mulher na política. "A ampliação da participação das mulheres é importante, já que vivemos uma sub- representação na política e nos espaços de poder e decisão, precisamos mudar essas formas de superar às barreiras e desafios que são impostos as mulheres para que elas consigam atingir seu espaço na sociedade. Conquistamos o direito em 1932, quando foi permitindo as mulheres votar e exercer a cidadania. Nós representamos 16% no parlamento e 52% na bancada”, disse.

A participação do senador Luiz Carmo (MDB-GO), foi enaltecida por idealizar e alavancar a consolidação do projeto que destaca o quanto é importante o papel da mulher no parlamento. “O relatório está favorável, mas tem muita resistência. O parlamento por exemplo é muito machista, eles não falam isso publicamente, mas é muito!. O parlamento brasileiro precisa das mulheres", pontuou. 

A representatividade feminina ainda é pequena. Em 2014, apenas quatro mulheres compuseram a bancada do Legislativo em Goiás, esse número foi reduzido em 50%, restando apenas duas, sendo Leda Borges e a delegada Adriana Accorsi. 

“É um processo, no qual lutamos por permanecermos nesse espaço de poder e decisão. Infelizmente, no estado de Goiás houve um retrocesso na contramão do país, então é uma luta muito grande porque nós vivemos um momento no país de retrocedimento de um pensamento extremante conservador e machista que prejudicam nossas lutas, mas acho que são reversíveis. São os avanços que nós temos conquistado e só assim nós vamos conseguir nossos direitos," reforçou Adriana Accorsi, atual deputada estadual. 

A atriz e ativista Luiza Brunet, também ativista Aava Santiago, e a socióloga francesa Gisèle Szczyglak comentaram a falta de união das mulheres. Para elas, todas estão ligadas às questões políticas e da sociedade.

O simpósio foi finalizado com falas preciosas e agradecimentos simultâneos, já destacando a realização do 3º simpósio nos municípios do interior do estado.


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