POLÍTICA · 24/04/2025
União Progressista nasce com maior bancada da Câmara e projeto nacional de poder
Federação nasce com força no Congresso e aposta no nome de Ronaldo Caiado para unir a centro-direita

Hemerson Joca
Por Miriam Barbosa.
Num gesto calculado de engenharia política, os partidos União Brasil e Progressistas (PP) consolidaram um pacto federativo que promete redesenhar o tabuleiro eleitoral do país. Batizada de União Progressista, a federação será formalizada ainda neste mês e já nasce com a maior bancada da Câmara dos Deputados — 117 parlamentares — e uma presença significativa no Senado, com 13 cadeiras.
A costura, que vem sendo alinhavada nos bastidores há meses, foi sacramentada com a aprovação unânime do diretório nacional do PP, sob a liderança do senador Ciro Nogueira, e aguarda apenas a homologação do União Brasil. A direção da nova federação será compartilhada entre os dois partidos em sistema de rodízio semestral, com nomes de peso na articulação política nacional. O deputado Arthur Lira (PP-AL), uma das figuras mais influentes do Congresso, é o favorito para assumir o posto inicial.
Mais do que uma fusão administrativa, o nascimento da União Progressista reflete um reposicionamento estratégico da centro-direita, que busca ampliar sua densidade eleitoral nas eleições municipais de 2024 e construir uma candidatura competitiva ao Planalto em 2026.
E essa candidatura já tem nome: Ronaldo Caiado, governador de Goiás, foi confirmado como pré-candidato à Presidência da República. O aval veio diretamente do presidente do União Brasil, Antônio Rueda, que destacou o perfil técnico, a trajetória conservadora e a capacidade de articulação política de Caiado como diferenciais para polarizar com o governo atual.
Embora marcada por diferenças internas e tensões ideológicas, a federação conseguiu acomodar interesses diversos sob uma bandeira comum: ser a principal alternativa de poder ao grupo hoje no comando do Executivo federal. Ao apostar em uma liderança já testada em nível estadual, a União Progressista tenta antecipar o debate sucessório com um nome que reúna experiência administrativa e discurso combativo.
A formalização da federação representa não apenas um rearranjo quantitativo no Congresso, mas a criação de uma identidade política robusta, capaz de se apresentar ao eleitorado com coerência programática e força institucional. O desafio, agora, será manter essa coesão até 2026 — e transformar potência política em voto.
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