BRASIL · 08/12/2025
O Jatinho de Lima e o Silêncio do Supremo: A Conexão que Pressiona o Caso Master
Três dias — uma viagem, um retorno e um sigilo absoluto — colocaram Dias Toffoli no centro da maior pressão institucional do caso Banco Master.
imagem disponibilizada em outubro de 2019 pelo Supremo Tribunal Federal
Por A Redação
A ausência de explicações públicas do Supremo Tribunal Federal contrasta com uma linha do tempo precisa que tornou a viagem privada de Dias Toffoli um elemento central na crise do caso Banco Master, investigação que apura um rombo estimado em mais de R$ 17 bilhões. Os eventos, ocorridos em sequência imediata, levantaram questionamentos sobre integridade processual e governança judicial.
Linha do tempo essencial.
28 de novembro de 2025 — Voo para Lima. Toffoli embarca em um jatinho particular para Lima, ao lado de um advogado ligado à defesa de um dos investigados no caso Master. O destino era a final da Copa Libertadores, mas a coincidência de passageiros provocou atenção imediata pela proximidade com um alvo direto da investigação.
30 de novembro de 2025 — Retorno ao Brasil. O ministro volta ao país na mesma aeronave. Testemunhas afirmam que não houve discussão sobre o processo durante o voo. A convivência, contudo, levantou dúvidas técnicas sobre potenciais zonas de conflito de interesses.
2 de dezembro de 2025 — Sigilo e centralização no STF Dois dias depois, Toffoli determina que o caso passe a tramitar exclusivamente no Supremo, sob sua relatoria, e impõe sigilo absoluto sobre documentos e diligências — inclusive para investigadores de instâncias inferiores. A justificativa oficial: o envolvimento de um parlamentar com foro privilegiado.
Questões estruturais expostas
A ordem cronológica dos fatos evidencia a confluência entre um encontro privado, um retorno imediato e a posterior blindagem de um processo de alta sensibilidade econômica.A decisão de suspender diligências previamente autorizadas e concentrar a investigação em um único gabinete tensionou debates sobre independência judicial, limites éticos e transparência decisória.
Esclarecimentos pendentes
O STF não informou quem custeou a viagem nem explicou o contexto do compartilhamento da aeronave. Toffoli, por meio de interlocutores, afirmou apenas que o caso Master não foi tratado no voo.
Com o avanço da apuração da Polícia Federal e a expectativa do mercado financeiro, a viagem — inicialmente vista como um compromisso privado — tornou-se um elemento técnico de grande relevância na análise da condução do caso.
Tags: #STF # Banco Master #DiasToffoli
Leia também










