POLÍTICA · 09/12/2025
Michelle Bolsonaro: Michelle leva facada invisível e é silenciada pelo próprio PL
Oficialmente por “saúde”, uma facada invisível e sangue que não escorre, mas doem. aplicada por quem deveria proteger sua voz — enquanto Flávio corria atrás do poder.
Por M Paiva
Michelle Bolsonaro assumiu a presidência do PL Mulher em março de 2023. Voz ativa. Estratégica. Determinada. Participou da campanha com garra no intuito de reelegeu seu marido. Falou com o coração, guiada pelo amor e pelo respeito à ideologia que sempre defendeu. E ousou questionar a aliança do PL no Ceará com Ciro Gomes.
Foi o suficiente para ser calada. Não houve debate. Não houve confronto público. Apenas o silêncio imposto. A facada invisível, aplicada pelo próprio partido que ela ajudou a fortalecer. O PL mostrou sua face: hierarquia e obediência valem mais que coragem, mérito ou autonomia feminina.
Enquanto Michelle falava com o coração, Flávio Bolsonaro corria atrás do espaço forçadamente deixado pelo pai. A política não permite vazios: com o líder maior preso, alguém precisaria ocupar o território. E para os filhos de Bolsonaro, Michelle estava indo longe demais, " E estava. Michelle com seu carisma estava voando e representado muito bem o PL e as mulheres e o evangélicos. Então Flávio tomou as rédeas e anunciou sua candidatura à presidência do grupo político familiar. A decisão do pai consolidou o gesto: quem corre atrás do poder é quem define os rumos. Quem fala por convicção e afeto, paga o preço do silêncio. Calaram Michelle.
A saída de Michelle não é pessoal. É simbólica. Um recado às mulheres: falar alto, ponderar, questionar, é perigoso. No PL, como em boa parte da política nacional, voz feminina ainda incomoda quando pesa. Michelle foi afastada, mas a mensagem ficou clara: coragem e convicção podem ser silenciadas, mesmo quando certas.
O PL Mulher, criado para dar força à presença feminina, hoje é palco de silêncio estratégico. Mas Michelle deixou sinais visíveis: liderança e coragem não se apagam. Mesmo calada, sua voz ecoa, sangrando nas entrelinhas, lembrando que a política tem facadas que não se veem, e sangue que não escorre, mas doem.
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