ECONOMIA · 13/11/2019
Varejo do Brasil tem melhor setembro em 10 anos e fecha 3º tri com indícios de recuperação
Varejo do Brasil tem melhor setembro em 10 anos
Foto Marcelo Dantas
Por Por Agência Reuter de Notícias
As vendas no varejo do Brasil aumentaram de forma generalizada em setembro, registrando o melhor resultado para o mês em 10 anos, e terminaram o terceiro trimestre com ganhos e apontando recuperação do setor.
Em setembro, o volume de vendas subiu 0,7% na comparação com agosto, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse é o resultado mais forte para setembro desde o ganho de 1,1% visto em 2009, além de marcar o quinto dado mensal seguido positivo.
Na comparação com setembro de 2018, as vendas subiram 2,1%, sexta taxa consecutiva no azul. Com esses resultados, o terceiro trimestre terminou com alta de 1,6% das vendas sobre os três meses anteriores, depois de ganho de 0,1% no segundo trimestre e estagnação no primeiro
“O resultado de setembro confirma uma recuperação do varejo. O comércio apresenta um dinamismo maior até que a conjuntura”, explicou a gerente da pesquisa, Isabella Nunes, citando como influências para o resultado positivo a liberação do FGTS, promoção da chamada Semana do Brasil, ao estilo Black Friday, e mais dias úteis no mês este ano.
A expectativa em pesquisa da Reuters era de avanços de 0,7% na comparação mensal e de 2,35% sobre um ano antes.
Sete das oito atividades pesquisadas no mês tiveram ganhos. As vendas de Móveis e eletrodomésticos subiram 5,2%; enquanto as de Tecidos, vestuário e calçados avançaram 3,3%, sendo os destaques no resultado.
A única taxa negativa foi vista em Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com uma queda de 2,0% nas vendas.
Ao mesmo tempo em que o país apresenta juros e inflação baixos, o mercado de trabalho fraco ainda pressiona o poder de compra dos trabalhadores, o que ainda levanta cautela.
“Para falar em uma recuperação consolidada ainda precisamos esperar mais uns meses. Há um dinamismo mais forte, mas a conjuntura ainda não é tão favorável com muita informalidade no mercado de trabalho que impede a renda crescer e afeta a demanda”, acrescentou Isabella Nunes.